// quarta-feira, agosto 30, 2006
A Feira do Livro da minha cidade é um evento bizarro, pra dizer o mínimo. A quantidade de barraquinhas de artesanato/ churros/ pipoca/ derivados é superior a de livros, só pra se ter uma idéia do nível da programação.
(ao menos é melhor que a da minha escola, que além de contrariar as leis da física -colocando vários corpos no mesmo minúsculo espaço- foi inaugurada com um grupo de dança (dança?!) de axé e funk. posteriormente, a sessão de rebolado sem sincronia e/ou criatividade foi classificada por um professor como "atração cultural". porque agora bunda é arte, é cultura, é esporte e até filosofia, quase uma religião...)
Os livros também são surpreendentemente pobres. Auto-ajuda e infanto-juvenil, basicamente. Nauseante.
Mas... numa banquinha de "Raridades: vendo, troco, compro", meu coração disparou.
"Eu, Christiane F..." à venda.
Sete reais.
Repito: "Eu, Christiane F..." por
sete reais.
[flashback] O livro marcou uma fase muito conturbada pra mim, a identificação foi total. Em certo momento, concluí que eu era
sim a reencarnação da protagonista. Pouco depois, descobri que ela nem morreu ainda, e atualmente é uma seqüelada quarentona. Mas o sonho de desfilar pela Estação Zoo de minissaia e cobrar "cem marcos. por uma punheta. nada mais que isso" segue firme e forte. Me prestei a ler oito vezes o livro. E nunca tinha achado pra comprar[/flashback]
Não acreditei que um livro daqueles estava exposto ali há horas sem ninguém pra comprá-lo. De qualquer forma, me agarrei nele com tal desespero que cheguei a assustar o dono da "venda". Sem mentira, meus olhos estavam cheios de lágrimas. Paguei, me agarrei na sacola e fui extasiada procurar outras raridades.
Achei um livro da Erica Jong (alguém além de mim conhece?), "Salve sua vida". Apesar do título assustador,
não é auto-ajuda. Ou sim. Depende do ponto de vista. O único livro dela que li, "Medo de Voar", me serviu como uma terapia e tanto...
[flashback] Encontrei esse livro numa estante aqui em casa, quando tinha uns 10 anos... as palavras "menstruação" e "foda" me atraíram, mas não consegui ler pela falta de prática com livros sem figuras. =p Li há pouco mais de um ano, e me vi (mais uma vez) na protagonista, que não tem papas na língua pra descrever suas fantasias sexuais ou analisar friamente as relações conjugais. Destaque para o caso com Adrian e para a foda sem zíper. [/flashback]
Voltei pra casa feliz e saltitante com minha carga de livros semi-novos.
Não vão me ajudar a passar no vestibular nem aumentar minhas chances no mercado de trabalho. Mas os orgasmos cerebrais que proporcionam são
impagáveis=))
Publicado por Laís Medeiros em 18:30
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// segunda-feira, agosto 28, 2006
Toda eufórica porque ganhei os DVDs "10 coisas que eu odeio em você" e "O Diário de Bridget Jones".
Sim, porque meus pais são os melhores do mundo e me dão presentinhos quando estou pra baixo.
Amanhã tenho prova de física, preciso
só gabaritar. Mas isso não importa, absolutamente. Primeiro, os filmes. Depois, as fórmulas.
Alguma coisa me diz que eu deveria rever minhas prioridades... tá, assim que os filmes acabarem eu penso nisso! :p
Publicado por Laís Medeiros em 20:01
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// quarta-feira, agosto 23, 2006
Serei eu a única pessoa que fica realmente pra baixo por ter tirado 9,5 numa redação?!
Enfiei duas vírgulas onde não devia, não me conformo. 9,5!!! Poxa, deprimente...
O MSN era pra ser um meio de interação, correto?
Mas eu, como boa nerd que sou, achei uma utilidade muito mais divertida pra ele!
Vocês já fuçaram na parte dos jogos? Experimentem o Hexic. A grande vantagem dele é que, caso seu contato fique offline, você pode continuar jogando sozinho. E, cá entre nós, encaixar pecinhas e ganhar pontos é muito mais interessante que conversas miguxesas cheias de emoticons!!
O problema é que vicia. Eu, por exemplo, só tenho falado com meus amigos pra isso. O processo é muito simples: cumprimento, faço as perguntas de praxe e depois, sutilmente, sugiro um joguinho. Após isso, o indivíduo e todos os outros contatos são ignorados e trocados pelos hexágonos coloridos.
Vida de nerd é tão excitante...
Publicado por Laís Medeiros em 18:24
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// segunda-feira, agosto 21, 2006
Agora que já arranjei um lay, um perfil razoável e um sistema de comentários, posso tentar começar a escrever algo decente.
Quero deixar bem claro que esse blog não tratará de temas polêmicos, sociais ou politicamente corretos. Foi criado apenas com a intenção de falar sobre mim, minha vida, meus pensamentos caóticos, e por aí vai...
Egocêntrica, sim!
Esclarecimentos iniciais:
O blog: onicofagia, pra quem não sabe, é o nome que se dá ao hábito de roer unhas. É também o único nome disponível (céus, como é difícil nomear um blog!!) pra URL. A onicofagia me acompanhou durante anos, mas consegui deixá-la há cerca de dez meses. Desde então, passo metade do dia olhando, orgulhosa, pras minhas unhas compridas.
Silent all these years é o nome de uma música da Tori Amos, que tem um instrumental lindo e um vocal admiravelmente esganiçado. Meus vizinhos têm o privilégio de ouvi-la na minha voz umas 5 vezes por dia. Um espetáculo que eu não recomendo pra ninguém que eu não odeie.
A dona: projeto de escritora, já teve uns 45472154 blogs que foram deletados sem aviso prévio devido a crises existenciais (o último, inclusive, contou com a ajuda do provedor, que
engolia descaradamente os comentários do Haloscan). Quieta, inteligente, centrada, um exemplo de menina, exceto quando me encontro em estado de estresse. Sinto um prazer estranho quando grito "enfia no teu cu!!" a quem me incomoda. Sim, eu me incomodo facilmente. Não suporto piadas sem graça, gírias e pseudo- esperteza. Não sou fã de interações; não mesmo. Sigo fielmente a filosofia de Emily Dickinson: "não sairei de minha casa a menos que a necessidade me arraste pela mão". Amo literatura (livros de Bruna Surfistinha não se incluem nessa categoria). Um dia vou ser escritora; já falei isso? Tenho um grupo seleto de amigos e outro amplo de inimizades (ai, ai...). Não sou simpática, não mesmo. Algumas pessoas se assustam com meu jeitinho meio "ácido" de ser, mas eu não consigo (nem faço muita questão) de mudá-lo. Falo com tanta convicção que até aparento saber do que estou falando. Procuro explicações astrológicas ou freudianas pra tudo; em último caso, apelo pras
medeiristas. Tenho uma incrível capacidade de fazer/ falar merda, coisa que ficará perceptível nesse blog.
É, basicamente, é isso.
Leu? Comente. Não precisa falar nada que preste. Apenas se identifique e diga "estive aqui". É bom saber quem anda lendo minha mente insana...
Publicado por Laís Medeiros em 18:57
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// domingo, agosto 20, 2006
Atendendo ao vício, agora temos um blog novo. Que só será divulgado quando tiver um texto decente, porque eu sempre me atrapalho nas estréias.
É, é isso.
Publicado por Laís Medeiros em 21:59
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