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Laís Medeiros. 18 anos. Manias estranhas e risadas sem motivo aparente. Apaixonada por pessoas, mas mantém uma distância prudente. Gosta de escrever coisas desconexas e de morder as unhas; por isso, o blog.

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// terça-feira, novembro 27, 2007

Eu imaginava uma melancolia maior nesses últimos dias de aula, mas estou tão indiferente que hoje preferi ficar em casa. Pra que forçar bons momentos? O que tinha que acontecer, já aconteceu. O que eu tinha que aprender no Ensino Médio, já aprendi. Essa baboseira de "união de turma" é só uma desculpa a mais pra sentir-se infeliz. O luto que atravessaremos no final desse ano não será por "nunca mais" ver os amigos, mas por ter que aceitar que estamos crescendo. Então, me poupem de seus blá- blá- blás. As coisas mudam, mas sempre existirá Orkut e telefone. E, sinceramente, não vai ser maléfico pra ninguém tirar uma folguinha das amizades de sempre.
Só lamento pelos professores. Amigos vão e vêm, já estou acostumada a criar amizades de infância que duram dois meses. Paciência. Mas professores são ídolos, motivam, inspiram. Chamem-me do que quiserem, sempre gostei mais dos professores que dos alunos. Nunca tive necessidade de ser puxa-saco, era mais uma questão de identificação. Sentirei falta deles, do jeito característico das aulas de cada um, até mesmo daqueles que falavam e não diziam nada.
Nostalgia não faz bem, não tem sentido, é uma forma de sabotar a si mesmo. Embora algumas lembranças sejam gostosas, sonhar com o futuro é menos decepcionante.
(foi um excelente negócio vender meu chip de sensibilidade pra comprar minhas sapatilhas)

Publicado por Laís Medeiros em 11:07


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// terça-feira, novembro 20, 2007

Vontade, tanta vontade de te abraçar até esmagar, de apertar tua cabeça contra meu peito e te proteger do resto do mundo. Como se tu fosse um bebê, meu bebê, e eu pudesse te embalar toda noite, vigiar tua respiração até cairmos no sono. E acariciar de leve teu rosto (teu meio sorriso, teus traços, teus pêlos, gravá-los na ponta dos meus dedos), até que meu bebê cresça e se perca de mim.

Publicado por Laís Medeiros em 19:05


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// sábado, novembro 17, 2007

Eu deveria gostar de ti, e às vezes gosto. Nem sempre fujo dos teus abraços, às vezes até preciso deles.
Mas tuas palavras me atingem nas feridas mais doloridas, mais ainda por saber que são premeditadas. E tua visão limitada de mundo, teus preconceitos, tuas frases mesquinhas, tuas teorias tão ultrapassadas, tua certeza de que é conhecedor da verdade absoluta... eu poderia te esfaquear a cada vez em que tu, alienado pela tua infinita presunção, se julga no direito de dissertar sobre determinados assuntos. Eu poderia imitar tua linguagem, teus trejeitos, tão decorados eles estão, tão impregnados em mim. Tua mania de discursar, como se alguém estivesse interessado nas mediocridades que escapam de teus lábios. Os teus motivos tão banais pra sentir orgulho de si mesmo, meus olhos revirados.
Sinto-me a pior pessoa do mundo quando te desprezo. Talvez tu perceba esse desprezo e se sinta péssimo, talvez eu destrua teu resto de auto-estima.
Mas não. Tu vai lá e repete, fala de novo, e a cada episódio parece ainda mais orgulhoso de sua pobreza de espírito. Desprezo, não. Quanto mais te conheço, mais percebo o quanto és digno de pena. Apenas.

Publicado por Laís Medeiros em 00:51


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// quinta-feira, novembro 15, 2007

Caminhar é prático, faz bem à saúde e relaxa a mente, mas exige uma certa atenção. Andar de carro me deixa numa situação constrangedora: dividir um espaço pequeno com pessoas conhecidas sugere uma conversa, nem sempre agradável, nem sempre desejada.
Já dentro de um ônibus, as opções são variadas. Posso colocar os fones de ouvido e observar as ruas (principalmente, outdoors. minha paixão.) e as pessoas durante todo trajeto. Posso ouvir as conversas hilárias dos outros passageiros. Posso sentir cheiros, texturas, descobrir novas vozes e comportamentos. Posso me permitir o luxuoso papel de espectadora. Pessoas que se apertam, se espremem, se encostam, trocam suores, dividem um espaço minúsculo, mas continuam indiferentes.
Gosto do burburinho impessoal do transporte coletivo. Gosto da solidão acompanhada. Gosto dos contatos frios. Gosto de encontrar prazeres nos desconfortos inevitáveis. É um esporte. Um dom.

Publicado por Laís Medeiros em 20:49


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// segunda-feira, novembro 05, 2007

Do Fundo da Gaveta
ou
Por que não coloco data nas coisas?
Olhando pela janela, vejo uma rua vazia; calma e silenciosa. Gosto dela assim, mas não é desse jeito que a vejo todo dia. E as lembranças que tenho dela alternam entre a repugnância e a alegria.
Meio-dia. Rua cheia. Vans escolares, estudantes lerdos. Um ou outro casal se beija encostado no muro. Por todo lugar um irritante hino de igreja me perseguindo. E um cheiro de coisa podre que nunca consigo identificar.
A caminhada até o ônibus. Passos rápidos, pra conseguir um lugar na sombra. Irritação ao entrar no ônibus. Os mesmos estudantes idiotas de sempre. Por que não morrem, por quê?! Cansaço. Fome. Sono. Ainda bem que já vou chegar em casa. Ainda bem.
Quatro horas da tarde. Caminhamos de mãos dadas. Risadinhas, palavras tímidas. Ansiedade. Expectativa. Beijos. E a tranqüilidade, finalmente. O surgimento de um novo mundo, onde não existem pessoas irritantes, cansaço ou desespero; apenas paixão; e medo. Um medo abstrato, indefinido. Mas muito bom de sentir.
Despedida. Uma pequena melancolia. Mais uma semana de espera e saudade. Carinho. Beijos longos. Abraços. Uma sensação boa, tão boa que faz esquecer que naquela rua transitam estudantes lerdos, soam hinos de igreja e exalam cheiros desagradáveis.
Me afasto da janela supirando. Sei que um dia sentirei saudade. Era só uma rua; agora é um amontoado de emoções.


Resisti à tentação de passar a limpo e transcrevi sem alterações meu rascunho para a proposta "Procure pelo pátio algo que te irrite e escreva sobre".
Lembro de estar no primeiro ano, mais magra que hoje, perdidamente apaixonada e sempre com meu já característico complexo de superioridade. Só me sentia confortável durante a Oficina de Produção Textual, onde fui elogiada pelo meu "jeito ácido de escrever".
A Oficina acabou, a paixão morreu, engordei, tenho tentado controlar minha arrogância, minha escrita melhorou, e sequer lembro sobre qual rua escrevi.
Consigo tranqüilamente pisotear meu amontoado de emoções, possivelmente passe por ele todo dia. Ainda não descobri se sou insensível ou apenas não tenho boa memória. Talvez uma coisa leve à outra.

Publicado por Laís Medeiros em 17:27


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// sábado, novembro 03, 2007

Talvez você tenha me visto por aí falando sobre a Martha Medeiros. Mas sou tão desacostumada com TV que esqueci de olhar até quando eu estava na programação. O que tem lá seu lado bom, já que não gosto da minha voz em gravações.Gastei apropriadamente meus quinze minutos de fama. Já posso viver tranqüila, sabendo que não corro mais o risco de ser filmada quando estiver (de pantufas e despenteada) saindo pra comprar pão.
A Feira do Livro desse ano foi uma evolução comparada com a do ano passado. Fui sem cartão de crédito, o que me obrigou a moderar os gastos e não me endividar até o Natal. Abracei, beijei e fotografei Martha Medeiros, cujo autógrafo (onde diz que tenho lindos olhos!) pretendo mostrar pros meus bisnetos. Voltei pra casa com apenas três livros novos e os pés moídos,mas com o coração leve como há tempos não sentia.

Publicado por Laís Medeiros em 21:57


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