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Laís Medeiros. 18 anos. Manias estranhas e risadas sem motivo aparente. Apaixonada por pessoas, mas mantém uma distância prudente. Gosta de escrever coisas desconexas e de morder as unhas; por isso, o blog.

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// terça-feira, outubro 31, 2006

FEIRA DO LIVRO -A SAGA-

Parte I
Entrar na minha antiga escola sempre me deixa com uma sensação de desalento.Eu praticamente me criei lá dentro, e quando volto vejo tudo diferente, pessoas diferentes, pessoas desconhecidas; sendo que antes eu sabia não apenas o nomecomo também toda a biografia das pessoas que transitavam por lá.
Estranho, de verdade.
Evito ir lá, mas consegui uma carona num "passeio educativo" pra Feira do Livro. Abri uma exceção, subi nas tamancas e fui!
Esperando o ônibus que nos levaria, encontrei meu ex-professor de história. Há mais de dois anos não nos falávamos, e eu lembro que nutria um amor enorme por ele quando era sua aluna.
Ele se aproximou sorrindo, com os braços abertos. Medi ele com os olhos. O que me fazia amá-lo tanto?! Fosse o que fosse, não estava mais ali.
_Laís!! Há quanto tempo!!
_Oi, sor!
Dei um abraço meio desajeitado, afinal, há anos não nos encontrávamos, e eu não conseguiasentir nem um terço da ternura antiga.
_E aí guria, que tu me conta de novo?!
_Hum... nada demais! Tô estudando, só.
_Só?!
_Sim... *levantei a sobrancelha interrogando*
_E o rock?!
Aí eu percebi o que estava tão estranho! Eu saíra de lá vestida de preto e com All Star, semfuro na orelha ou qualquer "frescura" do tipo, maldizendo o sistema e nutrindo uma revolta enormee sem motivo contra tudo e todos. E agora eu estava ali, com um meigo vestido rosa de verão, unhasimpecavelmente feitas e maquiagem caprichada. Não, ele não mudou, eu que sofri mutações catastróficas, sem sequer me dar conta disso.
_Mandei o rock pra PQP, sor -foi a primeira resposta que me ocorreu, devido à revolta que sentipor ter construído tal imagem de mim.
_E agora, que som tu tá curtindo?!
Pensei em responder que isso pouco importava, que a música que uma pessoa ouve diz pouco (ounada) sobre ela, que eu realmente não me importava mais com esse tipo de rótulo.
_MPB, e coisas alternativas...
_Ah, toca aqui! Finalmente, né?!Sorri amarelo.
_E a mana, como tá?!
_Tá bem. Trabalhando, estudando, se forma ano que vem.
_Tu tá fazendo Magistério também?!
_Não!
Imagino que fiz uma cara de muito pavor, já que ele espalmou as mãos em frente ao peito, sedefendendo:
_Eu só perguntei!
_Não... eu vou ser escritora, sor.
Falei num tom como se confessasse "eu larguei os estudos em função das drogas, agora me prostituo e bato carteiras no centro pra manter o vício". Humilde, constrangida. Não, eu não estoufazendo magistério, eu não terei "uma profissão digna" com emprego garantido, talvez nunca venhaa ser reconhecida na minha carreira. Eu te decepcionei, sor. Pode falar.
Esperei que ele falasse o quanto essa área era competitiva, o quanto seria difícil crescer naprofissão, ou como o mercado de trabalho é restrito. Mas ele sorriu de orelha a orelha.
_E eu vou te apoiar, e vou comprar todos teus livros, porque se tem uma coisa que tu faz bemé isso. Com certeza, um fã tu já tem!
Aí eu lembrei porque, mesmo com tudo mudado, eu ainda nutria um tremendo carinho por ele.

Publicado por Laís Medeiros em 18:53






Parte II
Ônibus cheio de criancinhas esfuziantes.
Nunca entendi a empolgação das crianças com esses passeios. Na minha época, eu sentava quietinha do lado de uma colega e permanecia assim a viagem toda. Sem essa de cantar musiquinhasou ficar em pé pulando. Me agitava, mas só internamente.
Meu ódio ao entusiasmo inútil é um mal que veio do berço...
Os alunos me olhavam com uma mistura de admiração e curiosidade. Um deles, inclusive, ousou perguntar meu nome.
_Melissa -respondi sem titubear.
A criança saiu correndo (ou tentando) dentro do ônibus, gritando "O nome dela é Melissa, onome dela é Melissa!" enquanto eu sorria pensando "Vai nessa, trouxa".
Porque mentir para estranhos é um prazer inigualável...

Publicado por Laís Medeiros em 18:51






Parte III
Eu juro que tentei me controlar.
Eu juro que pretendia comprar apenas saldos.
Mas aí foram surgindo livros, livros, livros, aqueles imperdíveis, aqueles que quando tu chega em casa se arrepende de não ter comprado, aqueles que tu vai ler e guardar pra dar aosfuturos filhos, aqueles que te deixam com a sensação de dever cumprido...
E eu comprei. Comprei. Comprei. Comprei. Lotei as sacolas. E em meia hora eu já tinha adquirido:
Neve, de Orhan Pamuk; (pô, o cara é vencedor do Nobel de 2006, vale a pena gastar comele!)
O Caçador de Pipas, de Khaled Hosseini; (embora eu tenha um certo preconceito com best sellers, o enredo político me interessou...)
O Baú do Raul Revirado; (sem comentários. se tem o Raul Seixas no meio, vale a pena e não sediscute!)
Selma e Sinatra, de Martha Medeiros; (digam o que disserem, eu gosto da mocinha. nuncali algum romance dela, apenas crônicas, e esse me despertou uma simpatia imediata)
Helena e Casa Velha, de Machado de Assis; (dispensa comentários, certo?!)
Oficina de Contos, quatro volumes, organizado por Luís Antonio de Assis Brasil. (escritoresamadores são deveras estimulantes...)
Endividada até março, no mínimo.
Sem um tostão no bolso; não posso comprar sequer um pirulito 7 belo.
Mas a programação pras férias já está garantida!

Publicado por Laís Medeiros em 18:51






PARTE IV
Sacolas cheias, fui me arrastando pra Seção Infantil, tentando não olhar para as bancas, jáque meu limite de gastos estava há muito ultrapassado.
Nisso escutei gritos. A príncipio confusos, mas depois consegui compreender com nitidez.
Um homem pregava com uma Bíblia na mão. Dizia que a mulher era a maldição da humanidade, jáque o diabo invadiu o homem aproveitando um deslize dela. Berrava com a alma. As pessoas ao redorse olhavam e sorriam constrangidas, algumas irritadas, outras se divertindo com a situação. Nisso,um rapaz muito "interessante" aproveitou o clima pra me dirigir sorrisinhos.
Alto. Usava All Star (meus joelhos amoleceram). Moreno (meus pêlos se eriçaram). Fumante (sentivontade de vomitar, mas por mais que me doa admitir, acho que cigarros deixam as pessoas elegantes.teoricamente, é claro. vocês nunca me verão fumando. mas eu gosto de olhar). Sorriso perfeito (o fumoainda não lhe escurecera os dentes). E sorrindo pra mim!!
Quando eu me preparava para puxar um papo, ele pegou um livro do Harry Potter e sorriu como seestivesse tendo um orgasmo.
Harry Potter, cara! HARRY POTTER!!
Olhei pra ele com tanta raiva que ele chegou a dar um passo pra trás. Nem xingando minha mãeele me decepcionaria tanto!
Saí pisando duro nas tamancas, quase atropelando o protestante, pensando que o último homem que conseguira reunir beleza fenomenal, elegância e contéudo fora o Che Guevara, que acidentalmentemorreu antes que pudéssemos nos casar.

Publicado por Laís Medeiros em 18:49




Final

Em casa, organizei meus livros dentro de uma sacolinha, guardei na estante e fiquei saboreando-os por antecipação.
Dez livros novos.DEZ!
(e três meses sem comprar roupas, quatro sem comer fora e uns seis sem ir ao cinema)
Ainda bem que a Feira do Livro só acontece uma vez por ano...
Pessoas compulsivas como eu não deviam ter acesso a promoções!

Publicado por Laís Medeiros em 18:48


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// sábado, outubro 28, 2006

Eu me alegro com bilhetes sob a porta, com músicas tristes e com abraços apertados.
Eu me emociono com cheiros, com lágrimas, com propagandas de supermercados.
Angustio-me com odores corporais, com música excessivamente alta, com discussões alheias e com atrasos.
Não suporto telefone, não respondo a quem me chama, atendo a favores com descaso.
Rio de minhas desgraças, ignoro desafetos, relevo o que realmente existe.
Me aflijo com situações improváveis, me apavoro com hipóteses tolas, invento motivos pra ficar triste.
Quanto mais me conheço, mais estranha sou aos meus olhos...



(e só agora, passando a limpo, vi que surgiram rimas inacreditavelmente toscas. perdoem-me, não foi intencional.)

Publicado por Laís Medeiros em 21:26


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// sexta-feira, outubro 27, 2006

Se eu tomasse coragem e fosse brincar de Tiros em Columbine, eu seria a psicopata, desequilibrada, mal comida, destruidora de lares, sem coração, sem amigos, escritora frustrada anti-social que fazia tratamento psiquiátrico...
Mas, cara, eles pedem!!


(viram que fofa a nova roupinha do Silent All These Years? Fica a dica pra quem não tem dinheiro e não curte lay shops: o endereço tá aí nos créditos, o lay é "de grátis", fica do jeito que tu quer e é entregue rapidinho!)


Passarei o final de semana estudando fanerógamas, entre doses exorbitantes de cafeína. Se alguém souber qual a utilidade de conhecer a reprodução das fanerógamas pra uma futura jornalista, enviem e-mail explicando.
Porque, olha, é revoltante...

Publicado por Laís Medeiros em 18:15


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// terça-feira, outubro 24, 2006

A morte é um assunto tão sério, mas tão sério, que eu não ouso escrever sobre.
Mas deixo aqui minha supresa com a morte repentina de um cara que eu sequer conhecia, mas certamente tocou e abalou muitas vidas; e meu protesto contra a impunidade, já que o motoqueiro que o atropelou não foi identificado e fugiu sem prestar socorro...
Força, gente.
Força.
=((

Publicado por Laís Medeiros em 18:37


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// segunda-feira, outubro 23, 2006

Manhã de segunda-feira, aproximadamente sete horas.
Na parada de ônibus, garoto de sempre se aproximou e iniciamos uma conversa.
Garoto: Os brigadianos descansaram bastante esse final de semana com os policias federais aqui.
Laís: Pois é, com o Lula na praça... eu queria ter ido, mas podia ser perigoso... Minha irmã passou por lá e viu um pessoal com bandeiras do Alckmin... não ia dar certo.
Deixando assim, bem claro, que eu, no mínimo, gostava do Lula, já que me frustrei por não poder vê-lo.
Garoto: É, podia dar um fusuê, morrer um pisoteado e o Lula dizer "eu não vi nada. eu tava lá, mas não vi nada."
Respirei até sentir o estômago colando nas vértebras. Acalme-se, acalme-se, ele apenas está tentando ser engraçado, isso não foi uma provocação... Sorri amarelo e em seguida fechei a cara, tentando encerrar o diálogo.
Garoto continua: Não sei pra que tanto alarde por causa de um cara...
Laís: Mas é o cara!!
Garoto: Não sei por que, ele nem estudar estudou.
Por acaso tu sabia que ele é o presidente? Ou na Playboy não falaram isso?
Engoli a resposta desaforada e subi no ônibus, tentando pensar na prova de matemática, no aumento repentino do meu peso ou na situação econômica do Iraque, qualquer coisa que me abstraísse daquele episódio e me impedisse de falar o que pensava.
Porque discutir política às sete da manhã de uma segunda-feira não dá.


Foi nesse estado de humor que cheguei na sala de aula.
Joguei minhas coisas na classe e fui conversar com uns amigos em outro lugar.
Quando volto, encontro ao lado da minha mochila um livro com uma flor dentro.
Não, eu não o tinha deixado ali.
Todos os filmes de suspense que já assisti me vieram à mente em um segundo. Veneno dentro da flor: vou cheirá-la, aspiro e morro! Ou pior, me matar pelo meu pecado preferido!! Que pecado seria a leitura? Ganância? Soberba? Preguiça? Muito mais prático me matar com uma bomba! Abro o livro e vôo pelos ares! Simples, rápido e eficaz.
O que fazer? Jogar o livro fora e me salvar da ira de um psicopata?! Ou abri-lo pra concluir que é apenas um livro com uma flor dentro e minha mania de perseguição está ultrapassando os limites?!
Escolhi a segunda opção.
Não era de um psicopata, aparentemente. Fanny, de Erica Jong. De um amigo. Ele fez uma proposta: um livro por um sorriso. Imagino que a flor tenha sido um bônus. Junto, uma dedicatória fofinha tentando alegrar minha segunda-feira.
É, deu certo.
Muito certo.
Comentário da minha terapeuta sobre o ocorrido:
"É. Não deixou de ser uma espécie de bomba..."


Saí de uma sessão de psicanálise muito animadora e voltei pra casa comendo um sorvete de chocolate com morango numa tarde ensolarada.
Porque segunda-feira não precisa ser, necessariamente, um dia insuportável.

Publicado por Laís Medeiros em 18:30


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// sábado, outubro 21, 2006

Minha mãe acha que dormir 14 horas por dia não é sono, é fuga.
Coincidentemente, os sonhos que estou tendo são um tanto quanto... bizarros!?
Na última noite matei sete pessoas da minha escola. A cadeiradas.
E meus colegas insistem em me chamar de "a do psiquiatra", por mais que eu explique que não é psiquiatra, é psicanálise.
Coisas assim... tão bonitas! ^^


[edit]Dispomos agora de um arquivo!
Gente, um arquivo!!
Em breve, teremos também links!!
O Silent All These Years começa a evoluir!! \o/ [/edit]

Publicado por Laís Medeiros em 12:31


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// quinta-feira, outubro 19, 2006

Nunca pensei que diria isso, mas odeio escrever redações. Elas me parecem um tremendo desperdício de talento, uma prostituição. Eu não quero ser avaliada pelo que escrevo, quero ser admirada, pô!
Porque eu me considero uma escritora e não importa o que digam, continuarei acreditando nisso.
Então a professora pede pra escrever sobre temas pseudo-polêmicos e me entrega um passo-a-passo da redação. Ela afirma que escrever bem é uma questão de prática; as vozes em minha mente gritam que não, não, não!! é uma questão de talento! Meus colegas prestam atenção no blá-blá-blá, enquanto eu me seguro na cadeira pra não contestar a explicação.
Aula finalizada, vou conversar com a professora:
_Tem certeza que é esse o esquema que devemos seguir? É que pelas coisas que eu li, esse passo-a-passo tá errado, tá muito... primitivo.
Ela me elogia, diz que eu sou ótima nisso, mas que nem todos são; por isso o esquema é bem simples, é mais uma espécie de treino.
_Hum... entendi.
Vou pra minha classe e começo a escrever. Detesto fazer por obrigação coisas que eu amo. Escrever é um hobby, um vício, uma necessidade, um consolo, uma diversão, não uma atividade escolar. Transformo minha indignação em argumentos furiosos, escrevo sem seguir padrão algum, minha redação parece um discurso. Entrego com total desprezo, sem ao menos revisar, envergonhada por ter me "vendido" por uma nota.
Dois dias depois, recebo a redação com um "10" e um monte de elogios. Agradeço diplomaticamente, me viro e rasgo a redação em 15 pedaços. Considero a pior coisa já escrita no mundo. Como você pôde fazer isso, Laís?! Você é uma escritora, não uma maldita aluna mediana que fica com os olhos brilhando por tirar uma notinha simbólica!



E daí minha terapeuta disse que eu tenho complexo de superioridade.
_Não, Márcia, eu não me acho superior a ninguém. As pessoas se acham inferiores a mim. Eu apenas concordo.
^^

Publicado por Laís Medeiros em 19:56




Eu acordei com uma idéia muito boa sobre alguma coisa que agora eu não me lembro. E isso me deixou muito enfurecida, porque eu odeio esquecer as coisas.
Acho que isso não interessa pra vocês...
Minhas unhas estão quebrando e ficando deformadas, outra coisa que me deixa de bico.
Mas acho que isso também não vem ao caso...


O fato é que eu preciso de coisas pra escrever!!
Ou não. Ninguém lê isso aqui, mesmo...

Publicado por Laís Medeiros em 16:59


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// domingo, outubro 15, 2006

DIÁRIO DE
BORDO




Doze de outubro15h06min
(no carro, esperando meus pais entrarem)
Sempre que viajo, tenho a absoluta certeza de que não voltarei viva; dessa vez,não é diferente.A cadela, esbaforida, me persegue desde ontem. Aonde vou, ela me segue. Como se estivesse aproveitando seus últimos momentos ao meu lado.Não que eu esteja exatamente com medo, mas se eu pudesse ficaria em casa.No momento, virar cristã parece uma
boa opção...


18h55min
(na casa de minha vó, escondida no quarto)
Cheguei viva, aparentemente.
Me perguntaram se eu estava doente.
_Eu?! Não!! Por quê?!
_Tu tá com uma carinha de doente, uns olhos sempre tão tristes...
Pensei em responder recitando Florbela Espanca, mas achei melhor dar um sorriso amarelo e fingir que não tinha entendido...


20h33min
(no mesmo lugar)
O pior não é ficar sem rádio, Internet e celular. O que mais me apavora é perder os últimos capítulos de Pássaros Feridos, já que está fora de cogitação impedir minha querida vovó de assistir à novela das oito.
Família na sala tomando chimarrão e discutindo política. Odeio chimarrão e sou fervorosa demais pra debates políticos. Resta-me a reclusão.
Não consigo me concentrar em nada com esse cri-cri-cri na janela. Não que
minha distração seja algo incomum. Há pouco tempo fui à biblioteca pra me
abastecer pra viagem, e saí de lá com "A concubina", achando que era
"Macunaíma"! Com esse cri-cri-cri então, a situação se torna
desesperadora...


22h30min
(na sala, arrumando minha pseudo-cama)
Toda alegrinha porque agora já sei o nome de alguns personagens da novela das oito!! Estou até me sentindo mais brasileira! \o/


Treze de outubro
10h40min
(na varanda, me fazendo de morta pra
não ajudar com o almoço)
É digna de registro a cara dos habitantes do local quando se deparam com carne nova. Por questão de respeito, não expressam os famigerados "elogios", mas isso não os impede de nos comer com os olhos.
Também ergo protesto pela invasão das calças de suplex no interior! Justo aqui, que era um lugar de recato?!
Caaara! Às vezes sou mais retrógada que minha vó...


18h8min
(assistindo Sinhá Moça por pura falta de opção)
Segunda-feira começa "O Profeta", com "Close to You" na trilha sonora.Existe o risco de Carpenters virar modinha e legiões de emos escreverem a letra de "rainy daus and mondays" em seus perfis no Orkut.
Se isso acontecer, juro: jogo uma bomba no Projac!
(porque eu SOU SIM a reencarnação da Karen Carpenter, e não admito tais usos de minhas músicas!)
E tenho dito!!



(depois disso me atirei sofregamente às grandes comilanças e esqueci de escrever. voltei pra casa com as costuras da calça jeans quase arrebentando e me contorcendo de dores no estômago.)



Sobrevivi bravamente.
Meus pais pensam em construir uma casa por lá, pra irmos visitar minha vó com mais freqüência e conforto.
Calculem meu desespero.
Eu vou pro céu, cara. EU VOU PRO CÉU!

Publicado por Laís Medeiros em 11:26


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// quinta-feira, outubro 12, 2006

Vou passar o feriadão no meio do mato visitando minha vó.
Lá não pega nem celular.
Como boa nerd que sou, estou levando meia dúzia de livros e um caderno de anotações. Porque as idéias que me surgem depois de 24 horas no interior são muito semelhantes às dos usuários de LSD.
É sério.
Sorte, me desejem sorte.

Publicado por Laís Medeiros em 11:49


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// domingo, outubro 08, 2006

A imagem que as pessoas têm de mim...


Amigo virtual em momento de sinceridade:
_Eu queria achar uma namorada como tu... mas com uma auto-estima um pouquinho menor!


Amiga pedindo conselhos:
_Laís, tu que tá acostumada a ficar deprê, me diz: como saio dessa?!


Professora me elogiando após uma apresentação:
_Tu explica muito bem, podia até ser professora!
Amigo prontamente replica em alto e bom tom:
_A Laís, com essa inteligência toda, vai ser só professora?!


Porque papas na língua é nome de banda, apenas.



E agora abriram um barzinho com videokê na esquina da minha casa. Como se não bastasse o CTG na outra esquina... Agora estou rodeada por poluição sonora!
Dormi ao som de assassinatos musicais, crimes auditivos, chamem como quiserem.
E isso que o local nem é conhecido ainda...


Porque tem coisas que só acontecem com a Laís.

Publicado por Laís Medeiros em 20:16


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// sexta-feira, outubro 06, 2006

Porque eu estava maquiada como uma puta pobre.
Porque eu acordei toda alegrinha, o que é bem perigoso.
Porque eu conversei com pessoas que eu nunca tinha sequer cumprimentado.
Porque eu caminhei com um bando de amigos sob o sol do meio-dia à procura de uma lancheria que não estivesse lotada.
Porque nós todos almoçamos num barzinho decadente, dominando o local e fazendo samba nas mesas.
Porque nós enfiamos NOVE pessoas dentro de um carro.
Porque eu dancei funk freneticamente com o estômago cheio, sob um sol escaldante.
Porque eu fiquei bêbada com o bafo de vinho de uma amiga.
Porque as pessoas me perguntaram se eu tinha bebido, devido à minha performance dançante e à posterior queda num cantinho, tentando recuperar a pressão e controlar o vômito.
Porque eu dei muita risada.
Porque eu quase arrumei algumas brigas.
Porque eu não esperava porra nenhuma dessa gincana, e foi extremamente divertida.


Um dia excitante, enfim.

Publicado por Laís Medeiros em 20:33


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// quarta-feira, outubro 04, 2006

Eu leio Sidney Sheldon enquanto espero Pássaros Feridos começar.
E (pasmem!) ainda há gente que me considera "uma pessoa culta"...

Publicado por Laís Medeiros em 21:18




Apatia não é defeito; é estilo de vida.
Hum!

Publicado por Laís Medeiros em 19:20


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// terça-feira, outubro 03, 2006

"Existe uma lenda acerca de um pássaro que só canta uma vez na vida, com mais suavidade que qualquer outra criatura sobre a terra. A partir do momento em que deixa o ninho, começa a procurar um espinheiro-alvar e só descansa quando o encontra. Depois, cantando entre os galhos selvagens, empala-se no acúleo mais agudo e mais comprido. E, morrendo, sublima a própria agonia e despede um canto mais belo que o da cotovia e o do rouxinol. Um canto superlativo, cujo preço é a existência. Mas o mundo inteiro pára para ouvi-lo, e Deus sorri no céu. Pois o melhor só se adquire à custa de um grande sofrimento... Pelo menos é o que diz a lenda."

Me sinto culpada por perder uma hora do meu dia assistindo Pássaros Feridos. Não apenas pela trilha sonora que chega a ser ofensiva, mas também pela decepção com a adaptação.
Eu sempre me apaixono pelos livros e me enojo com os filmes/ séries/ o que for...
Boa parte da infância de Meggie foi cortada na adaptação, o que deixou os fatos meio desconexos. Só aparece choro, choro, choro... Ui, que drama...
De qualquer forma, vou acompanhar Pássaros Feridos, assiduamente, até o fim. De um livro tão bom não pode ter saído uma série tão pobre... mais adiante vai melhorar, sei que vai! =pp


Falando nisso, foi impagável minha apresentação de literatura hoje... Encenamos Incidente em Antares (Erico Verissimo)... podem me imaginar interpretando a Erotildes?!
É. Humilhante... e ainda me tirou toda a moral pra falar de más adaptações!

Publicado por Laís Medeiros em 23:03


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// segunda-feira, outubro 02, 2006

A explicação da minha paixão pelo PT não é apenas ideológica. Eu cresci no meio de passeatas, comícios, carreatas... Meus pais eram petistas fanáticos. Do tipo que discute política com caixas de supermercados e seguranças de escolas. Chegavam a criar situações constrangedoras...
Em dia de eleição, acordávamos cedo, nos armávamos de santinhos e saíamos caçando votos. (declaração politicamente incorreta) Não almoçávamos, não parávamos em casa, era uma correria. À noite nos aglomerávamos em frente à prefeitura para assistir à contagem de votos. Que sempre finalizava com um festerê (buzinaço, bandeiraço, gritos de guerra...). Eram ocasiões excitantes, enfim.
Mas agora com os fiascos atuais (que dispensam explicações...) o pessoal ficou desmotivado. Completamente. Passamos o domingo em casa discutindo política, mas não levantamos uma bandeira sequer. Justo agora, que estou desenvolvendo minha consciência (e fanatismo) políticos... =(
Procuro, portanto, parceiros pra se enrolar na bandeira vermelha e sair gritando "com a frente popular é pra vencer!!" pelas ruas comigo.
Interessados, entrar em contato.
;)

Publicado por Laís Medeiros em 18:41


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