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Laís Medeiros. 18 anos. Manias estranhas e risadas sem motivo aparente. Apaixonada por pessoas, mas mantém uma distância prudente. Gosta de escrever coisas desconexas e de morder as unhas; por isso, o blog.

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// segunda-feira, novembro 27, 2006

A cada semana encontro o grande amor da minha vida, mas nunca falo com ele. Às vezes digo "com licença" antes de descer do ônibus.
Deve ser porque o grande amor da minha vida muda de corpo toda vez que o vejo.
Um dia desci na mesma parada que ele e o segui até ver onde ele ia. Fomos parar numa clínica de Fisioterapia, de onde saí correndo escondendo o rosto com o cabelo (sim, ele notou que eu o seguia).
Outro dia ele estava lendo um livro sobre René Descartes.
Ele já foi moreno, loiro, magricelo, alto, usou óculos, mochila, terno e gravata...
Porque eu olho pras pessoas, me apaixono e imagino toda uma história de nossas vidas interligadas.
Hoje ele estava vestindo uma camiseta que combinava com a cor de seus olhos. Sua pele e seus cílios eram perfeitos. Pensei em pedir seu telefone e, sei lá, ensiná-lo a usar rímel (que cílios, meu deus! que cílios!).
Mas puxei a cordinha e desci antes de tomar coragem.
Disse a minha terapeuta que eu não sou carente, apenas gosto muito de pessoas.
Alguém concorda?
Nem eu.

Publicado por Laís Medeiros em 18:13


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// sábado, novembro 18, 2006

Hoje troquei de lugar com o monstro.
Chorei embaixo da cama.
Esperei durante horas.
Não apareceu ninguém pra eu puxar o pé.

Publicado por Laís Medeiros em 19:46


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// quarta-feira, novembro 15, 2006

Outro texto, de outro amigo.
Porque tem coisas que só a Laís faz por você.
=pp



"É fundamental que a vida humana consiga sustentar-se sem comprometer outras formas de vida". É assim que começo meu relato sobre minha visita à Universidade Federal de Santa Catarina.
Eu e meus pais, que estávamos fazendo feriadão em Floripa, resolvemos conhecer a Universidade que farei vestibular em dezembro, estudar o melhor caminho para se chegar ao campus nos dias em que serão realizadas as provas, essas coisas...
Na primeira metade do simples passeio de reconhecimento e ?plano de viagem? tudo transcorreu de forma tranqüila: pegamos a estrada da Lagoa da Conceição, o Morro das Sete Curvas ? com direito a parada no Mirante para apreciação da belíssima paisagem. Chegamos, enfim, à Universidade Federal, visitamos a Reitoria; até aí, tudo tranqüilo.
Foi na segunda metade do passeio que tudo aconteceu. Pai e mãe me mostrando, quase que mutuamente, anúncios de apartamentos que estavam para alugar e algumas outras oportunidades. Veio, então, a minha cabeça, uma espécie de flash-back ? entretanto eu imaginava uma possível cena futura ? em que eu imaginava a despedida dos amigos, da família e via o quão difícil é deixá-los para trás. Imaginava-me chegando numa cidade ?desconhecida?, sozinho, pronto para desbravar essa aventura chamada Sonho. Sonho de ser um engenheiro ambiental, de ser alguém na vida. Tive a nítida impressão de que farei aquele caminho diversas vezes nos próximos anos.
O céu estava cinzento, de uma garoa fina, o carro deslizando por entre ruas escorregadias. No rádio, uma canção:
"Você falou que não ia fugir, que não ia desistir e agora, simplesmente, sumiu... Sol, volte a brilhar, só mais um pouco pra eu não chorar, sozinho, num canto, volte a brilhar..."
Estava visivelmente emocionado. Chorei.




Maurício Paixão

Publicado por Laís Medeiros em 10:46


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// sábado, novembro 11, 2006

Jogando Claro Game compulsivamente. E não pretendo parar.
Às vezes eu gostaria que minha vida fosse como o jogo: deu merda? clique em "recomeçar" e tudo se ajeita. É possível, também, manter no anonimato sua péssima pontuação.
Decadente, de verdade.
Reservei "O Libertino" já há alguns dias, e pelo visto será a grande programação do final de semana. Isso, é claro, excetuando meu excitante trabalho sobre os celenterados.
(e sempre que eu penso neles me vem à cabeça a imagem da Dori pulando numa água-viva e sonoplastizando com um "póim! póim!". só espero que tal lembrança não me faça interromper a apresentação com uma crise de riso...)
Porque eu vivo num mundo paralelo, cheio de palavras e discursos prolixos, filmes tocantes e livros geniais. As pessoas foram congeladas há muito muito tempo e meu único contato com elas é através de suas obras.
Não que isso seja exatamente ruim...
Em breve, uma historinha engraçada.

Publicado por Laís Medeiros em 19:31


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// sexta-feira, novembro 10, 2006

Pra quebrar um pouco o clima "emo" que estava dominando o SATY (e pra atualizar a bagaça, já que a inspiração por aqui anda escassa), publico o texto que um amigo me mandou semana passada.
Com vocês, espaço dos calouros (huhuhu) :




Gerúndio*, 17 anos. Música, livros, amigos e uma impressionante falta de ter o que fazer. Eu estava aqui pensando em escrever um livro.A idéia foi diminuindo até se materializar num blog.Depois eu caí em mim e vi o quanto é ridícula essa idéia: eu não leio blog, eu não gosto de blogs.Pra que? Falta de fazer, eu já disse.Nada mais Gerúndio*: escrever um texto imaginário, para um blog imaginário.E, começo a suspeitar, que eu também seja um ser imaginário.Quer dizer, eu tenho essa eterna sensação de que a minha vida é um desses seriados de TV.E o que é pior, aposto que o meu programa passa num desses canais que vem junto com o pacote mais fuleiro, desses cujo maior atrativo é o Canal do Boi ou a Rede Mulher.Sobre o meu programa(ou vida, chame como quiser)é importante dizer que o elenco é ótimo, mas o roteirista é péssimo e provavelmente comprou o seu diploma.Já o diretor fugiu com a maquiadora levando toda a grana que seria destinada ao cachê dos artistas, o que provocou uma enorme redução nos custos.Isso explica porque eu moro tão mal e porque cortam o telefone de dois em dois meses.Quanto a direção, eu tomei pra mim mesmo.Sempre lembrando que um ator por conta própria é como um réu que decide se representar no tribunal.E o que é pior, ainda cobra honorários altíssimos de si mesmo!
Cara, você sabe que está realmente mal quando perde tempo escrevendo um texto, num domingo à noite, para um público leitor que se resume a você e uma amiga com uma enorme paciência de ler besteiras num domingo à noite.Quanto a essa amiga, eu poderia dedicar-lhe um parágrafo inteiro.Eu disse que poderia, vejam bem.Não quer dizer que eu vá fazer isso.Confesso que fiquei tentado a escrever sobre ela, mas após refletir um pouco sobre o assunto concluí que praticar esqui na neve sem proteção durante uma tempestade e após ingerir todos os tipos de bebidas alcoólicas conhecidas é realmente menos perigoso pra minha saúde mental do que ficar remoendo meus fracassos sentimentais.
Não sei por que estou escrevendo isso.Deve ser a febre.É, definitivamente é febre.O que por si só é muito estranho, já que eu não estou com febre.Aliás, faz tempo que eu não fico doente(Duas semanas!Duas semanas!).Atualmente eu decidi não ficar mais doente.Isso faz muito mal à minha saúde.
A minha vida é, sem dúvida nenhuma, uma piada infeliz.Porque se existe um Deus, ele definitivamente tá de sacanagem comigo!Eu devo ser o alívio cômico das reuniões divinas.Cara, péssima maneira de terminar o fim de semana.Filosofia barata numa tela de computador.Eu preciso de café.E uma mulher.De preferência os dois e não necessariamente nessa ordem.

*o nome foi alterado para preservar a identidade do escritor (e pra que ninguém vire fã dele! HUMPF) =p




Aê! O número de leitores vai aumentar, amiguinho!
\o/
Em breve(espero), algum texto de autoria própria.

Publicado por Laís Medeiros em 12:45


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// segunda-feira, novembro 06, 2006

Chegou em casa cansada. Suas pernas doíam. O suor escorria. Foi logo tirando o casaco, o sapato, os brincos.
Ninguém em casa. Tudo bem, já virara um costume. Ligou o rádio.
"Pane na Alemanha causa apagão na Europa. Nessa terça, no jornal O Sul".
Algo tão pequeno como o vôo de uma borboleta poderia causar um tufão do outro lado do mundo? Mas também, que me importa?!
Comendo um mingau de aveia de péssima aparência e ouvindo uma música muito, muito antiga, percebeu que havia algo muito, muito errado.
A terapia tem que voltar a ser semanal. Tenho que mudar a consistência desse mingau. E arrumar um emprego.
Olhou para a barriga.
Emagrecer também não seria uma má idéia. O próximo mingau terá menos chocolate. E acabar com essas segundas-feiras monótonas.
Cinco da tarde. Horário de verão. Fim de ano. Tempo instável. Noite insone. Indisposição. Cansaço.
E tudo parecia estar apenas começando.

Publicado por Laís Medeiros em 17:32


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// quinta-feira, novembro 02, 2006

Ela se sentou com os joelhos encostados na barriga.
Ouvira falar, em algum lugar, que as pessoas ficam nessa posição em momentos de dificuldade. Como um apelo para retornar ao útero, param em posição fetal. Dizem que a vida uterina é um mar de rosas. Ela tem lá suas dúvidas, às vezes gostaria de experimentar de novo, porém dispondo de memória.
Alguma coisa estava errada. Voltar ao útero não parecia ser a solução.
Mas a posição era confortável.
Na dúvida, voltou pra casa.
Passou um café, leu despreocupadamente, e cantou, sentindo uma vontade tímida de chorar, esperando que alguém entrasse pela porta e mudasse sua vida... em meia hora.

Publicado por Laís Medeiros em 01:16


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