Dia desses sonhei contigo e foi estranho, porque há tempos tu não freqüenta meus sonhos, pelo menos não naquele sentido romântico. Descobri várias coisas, outras deduzi, a maioria eu sempre soube e fazia questão de não enxergar; todas me ajudaram a aceitar que nosso passado não tem mais absolutamente nada a ver com meu futuro. E no meu sonho (veja só!) estávamos de mãos dadas e eu te explicava pacientemente por que não deveríamos continuar juntos. Prova de que até meu inconsciente já superou.
Teu blog eu continuo lendo. Sempre tentei entender o que se passava nessa cabecinha e agora tem sido mais fácil, observando de uma distância prudente. E reconheço que tua escrita melhorou bastante. Mas meu coração já não acelera com tuas frases de efeito.
Achei válido que tu soubesse que está livre do meu afeto, tão incômodo quando não correspondido. Eu continuo te achando um cara genial e torcendo pela tua felicidade. Me pergunto como (ou se) nos cumprimentaríamos caso nos encontrássemos inesperadamente por aí. Espero que algum dia a gente possa dividir uma Polar (tu continua sem beber? pode ser uma H2OH...) e dar uma meia dúzia de risadas, com aquela sintonia bacana que tínhamos antes da burrada de acreditarmos que éramos feitos um pro outro.
Então, te cuida. Não deixe de usar óculos, ficam bem em ti. E não emagreça muito, acho que uma pancinha a mais te dá um charme especial. E se tu ainda tem as cartas que eu te mandei, não jogue fora; um dia pretendo publicá-las. E seja feliz, sendo do jeito que for, vivendo do jeito que viver.
Estranho, dessa vez não consigo pensar em nenhum PS...