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Laís Medeiros. 18 anos. Manias estranhas e risadas sem motivo aparente. Apaixonada por pessoas, mas mantém uma distância prudente. Gosta de escrever coisas desconexas e de morder as unhas; por isso, o blog.

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// segunda-feira, outubro 23, 2006

Manhã de segunda-feira, aproximadamente sete horas.
Na parada de ônibus, garoto de sempre se aproximou e iniciamos uma conversa.
Garoto: Os brigadianos descansaram bastante esse final de semana com os policias federais aqui.
Laís: Pois é, com o Lula na praça... eu queria ter ido, mas podia ser perigoso... Minha irmã passou por lá e viu um pessoal com bandeiras do Alckmin... não ia dar certo.
Deixando assim, bem claro, que eu, no mínimo, gostava do Lula, já que me frustrei por não poder vê-lo.
Garoto: É, podia dar um fusuê, morrer um pisoteado e o Lula dizer "eu não vi nada. eu tava lá, mas não vi nada."
Respirei até sentir o estômago colando nas vértebras. Acalme-se, acalme-se, ele apenas está tentando ser engraçado, isso não foi uma provocação... Sorri amarelo e em seguida fechei a cara, tentando encerrar o diálogo.
Garoto continua: Não sei pra que tanto alarde por causa de um cara...
Laís: Mas é o cara!!
Garoto: Não sei por que, ele nem estudar estudou.
Por acaso tu sabia que ele é o presidente? Ou na Playboy não falaram isso?
Engoli a resposta desaforada e subi no ônibus, tentando pensar na prova de matemática, no aumento repentino do meu peso ou na situação econômica do Iraque, qualquer coisa que me abstraísse daquele episódio e me impedisse de falar o que pensava.
Porque discutir política às sete da manhã de uma segunda-feira não dá.


Foi nesse estado de humor que cheguei na sala de aula.
Joguei minhas coisas na classe e fui conversar com uns amigos em outro lugar.
Quando volto, encontro ao lado da minha mochila um livro com uma flor dentro.
Não, eu não o tinha deixado ali.
Todos os filmes de suspense que já assisti me vieram à mente em um segundo. Veneno dentro da flor: vou cheirá-la, aspiro e morro! Ou pior, me matar pelo meu pecado preferido!! Que pecado seria a leitura? Ganância? Soberba? Preguiça? Muito mais prático me matar com uma bomba! Abro o livro e vôo pelos ares! Simples, rápido e eficaz.
O que fazer? Jogar o livro fora e me salvar da ira de um psicopata?! Ou abri-lo pra concluir que é apenas um livro com uma flor dentro e minha mania de perseguição está ultrapassando os limites?!
Escolhi a segunda opção.
Não era de um psicopata, aparentemente. Fanny, de Erica Jong. De um amigo. Ele fez uma proposta: um livro por um sorriso. Imagino que a flor tenha sido um bônus. Junto, uma dedicatória fofinha tentando alegrar minha segunda-feira.
É, deu certo.
Muito certo.
Comentário da minha terapeuta sobre o ocorrido:
"É. Não deixou de ser uma espécie de bomba..."


Saí de uma sessão de psicanálise muito animadora e voltei pra casa comendo um sorvete de chocolate com morango numa tarde ensolarada.
Porque segunda-feira não precisa ser, necessariamente, um dia insuportável.

Publicado por Laís Medeiros em 18:30


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