// segunda-feira, novembro 27, 2006
A cada semana encontro o grande amor da minha vida, mas nunca falo com ele. Às vezes digo "com licença" antes de descer do ônibus.
Deve ser porque o grande amor da minha vida muda de corpo toda vez que o vejo.
Um dia desci na mesma parada que ele e o segui até ver onde ele ia. Fomos parar numa clínica de Fisioterapia, de onde saí correndo escondendo o rosto com o cabelo (sim, ele notou que eu o seguia).
Outro dia ele estava lendo um livro sobre René Descartes.
Ele já foi moreno, loiro, magricelo, alto, usou óculos, mochila, terno e gravata...
Porque eu olho pras pessoas, me apaixono e imagino toda uma história de nossas vidas interligadas.
Hoje ele estava vestindo uma camiseta que combinava com a cor de seus olhos. Sua pele e seus cílios eram perfeitos. Pensei em pedir seu telefone e, sei lá, ensiná-lo a usar rímel (que cílios, meu deus! que cílios!).
Mas puxei a cordinha e desci antes de tomar coragem.
Disse a minha terapeuta que eu não sou carente, apenas gosto muito de pessoas.
Alguém concorda?
Nem eu.
Publicado por Laís Medeiros em 18:13
--------------------