// terça-feira, julho 17, 2007
Depois sentei-me para escrever um bilhete para Bennett. O que podia dizer? O suor escorria junto com lágrimas. Mas se parecia muitíssimo a uma carta de amor. Eu disse que o amava (amava mesmo). Disse que não sabia por que tinha de ir embora (não sabia), mas que sentia desesperadamente que era preciso (sentia). Contava que ele me perdoasse. Contava que pudéssemos pensar em nossa vida e tentar de novo. (...) Escrevi que não sabia o que estava fazendo (não sabia, mesmo). Escrevi que me sentia pessimamente (verdade). E quando escrevia "eu te amo" pela décima vez, Bennett entrou.
(...)
Teria eu programado toda aquela cena, só para sentir-lhe o ardor? Nunca o amara tanto. Jamais havia ansiado, tanto quanto agora, por ficar com ele. Era esse o motivo pelo qual tinha de ir embora?
Jong, Jong, Jong. Sou tão ela, ela é tanto eu. Faz tanto sentido e não explica nada.
Publicado por Laís Medeiros em 13:09
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