// sábado, novembro 17, 2007
Eu deveria gostar de ti, e às vezes gosto. Nem sempre fujo dos teus abraços, às vezes até preciso deles.
Mas tuas palavras me atingem nas feridas mais doloridas, mais ainda por saber que são premeditadas. E tua visão limitada de mundo, teus preconceitos, tuas frases mesquinhas, tuas teorias tão ultrapassadas, tua certeza de que é conhecedor da verdade absoluta... eu poderia te esfaquear a cada vez em que tu, alienado pela tua infinita presunção, se julga no direito de dissertar sobre determinados assuntos. Eu poderia imitar tua linguagem, teus trejeitos, tão decorados eles estão, tão impregnados em mim. Tua mania de discursar, como se alguém estivesse interessado nas mediocridades que escapam de teus lábios. Os teus motivos tão banais pra sentir orgulho de si mesmo, meus olhos revirados.
Sinto-me a pior pessoa do mundo quando te desprezo. Talvez tu perceba esse desprezo e se sinta péssimo, talvez eu destrua teu resto de auto-estima.
Mas não. Tu vai lá e repete, fala de novo, e a cada episódio parece ainda mais orgulhoso de sua pobreza de espírito. Desprezo, não. Quanto mais te conheço, mais percebo o quanto és digno de pena. Apenas.
Publicado por Laís Medeiros em 00:51
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