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Laís Medeiros. 18 anos. Manias estranhas e risadas sem motivo aparente. Apaixonada por pessoas, mas mantém uma distância prudente. Gosta de escrever coisas desconexas e de morder as unhas; por isso, o blog.

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// sexta-feira, setembro 12, 2008

Aproximadamente quinze dias antes do meu aniversário, o mundo vira de cabeça pra baixo, tudo parece uma grande merda e quanto mais a data se aproxima, pior ficam as coisas. Na verdade, dia 19 comemoro ter sido forte e não ter me suicidado no dia 18.
De forma que cheguei em casa, corri pro banheiro, sentei na privada e fiquei tranqüilamente meia hora chorando. De vez em quando, interrompia o berreiro, estendia o braço pra pegar papel higiênico, assoava o nariz (gripe e choro é uma combinação perigosa) e continuava ganindo como uma Madalena arrependida. Chorei por todas tristezas dos últimos seis meses e mais ainda pelas recentes.
Quando os soluços acalmaram, minha irmã se encorajou a entrar no banheiro.
_Que bom que tu se segurou e só veio chorar em casa...
_Por quê?
Apontou o espelho.
Levantei e reencontrei aquela imagem tão corriqueira e patética; minha maquiagem preta escorria pelo rosto diluída em lágrimas. Sorri.
_Agora sim eu pareço o Coringa! Why so serious?!
Me aproximei do espelho limpando desajeitadamente aquela lambança e não pude deixar de soluçar quando olhei minha bochecha: a marca dos teus dentes ainda era visível na minha pele.


Baixei o álbum solo do Marcelo Camelo e estou escondendo todos objetos cortantes da casa antes de ouvi-lo. Eu me cuido, mas nada me garante que eu não vá engolir todos meus antigripais de uma só vez.

Publicado por Laís Medeiros em 20:26


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