About ;
Laís Medeiros. 18 anos. Manias estranhas e risadas sem motivo aparente. Apaixonada por pessoas, mas mantém uma distância prudente. Gosta de escrever coisas desconexas e de morder as unhas; por isso, o blog.

Links ;
x Orkut da menina
x Flog da menina
x Dream's Angels
x O Mundo de Violet
x Luz Vermelha
x Verde Limão
x Borboleta de Aquário
x Capricornianisses
x Análise Combinatória
x LOVE!
x Caixa de Sapato
x My lifestyle


Contador ;



Arquivos;
agosto 2006
setembro 2006
outubro 2006
novembro 2006
dezembro 2006
janeiro 2007
fevereiro 2007
março 2007
abril 2007
maio 2007
junho 2007
julho 2007
agosto 2007
setembro 2007
outubro 2007
novembro 2007
dezembro 2007
janeiro 2008
fevereiro 2008
março 2008
abril 2008
maio 2008
junho 2008
julho 2008
agosto 2008
setembro 2008
outubro 2008
novembro 2008
dezembro 2008
janeiro 2009
junho 2009



Credits ;
Dream's Angels
x Dream's Angels
Template Shop e Encomendas

// quinta-feira, setembro 11, 2008

Reconheço o valor de um livro novinho em folha, aquele cheiro de papel novo, as páginas branquinhas, as histórias ainda virgens. Mas nada me comove mais que livros garimpados em sebos. As dedicatórias, as dobras, os riscos, os traços, as marcas de seus antigos leitores; embora não nos conheçamos, vivemos uma espécie de comunhão por apreciarmos a mesma leitura. Quanto se consegue conhecer de uma pessoa através de seus livros?
Antigamente eu marcava meus trechos preferidos dobrando a página. Ou então, sublinhava com lápis. Dessa forma estabeleceria uma espécie de comunicação com seus futuros leitores. Depois me dei conta, que tolice! Nunca conseguiria me desfazer de nenhum item daquela prateleira, mesmo não gostando de todos, mesmo ocupando um espaço considerável dentro do meu minúsculo quarto. Meus livros parecem ter vida, me conhecem como ninguém, estão sempre me encarando com suas capas indiferentes e suas citações acusadoras.
Passei então a destacar as páginas com bilhetes. Entre uma folha e outra, um bilhete indica que aquele trecho merece maior atenção. Os bilhetes da minha mãe. Quase toda manhã encontro um sob a porta do meu quarto, normalmente mensagens sem muita importância; me pedindo pra avisar se venho almoçar ou perguntando onde deixei aquele casaco. Boba que sou, guardo todos. Não tenho uma relação muito amigável com minha mãe, apesar de seus esforços. Mas me divirto com esses bilhetes, a comunicação escrita me empolga; recolho o bilhete do chão e começo meu dia mais alegre.
Reuno assim um banquete de particularidades. Caso tenha um ataque de insensibilidade e abandone meus livros em algum balaio ("um por cinco, dois por sete"), o comprador saberá não apenas que eu amava Jong, mas também que minha mãe me chamava de princesa e que dividíamos nossos casacos e calças jeans.
Capas duras podem ser assustadoramente reveladoras.

Publicado por Laís Medeiros em 11:39


--------------------